Saiba como commitar seu código de forma padronizada e organizada, facilitando a rastreabilidade das alterações e a geração automática de notas de lançamento e changelogs.
Conventional Commits (Commits Convencionais) são uma convenção para nomear e estruturar mensagens de commit em repositórios de controle de versão. Essa convenção visa padronizar a forma como as mensagens de commit são escritas, tornando-as mais legíveis, compreensíveis e fáceis de seguir.
A ideia por trás dos Conventional Commits é fornecer uma estrutura consistente para as mensagens de commit, permitindo uma melhor rastreabilidade das alterações feitas ao longo do tempo. Além disso, essa abordagem facilita a geração automática de notas de lançamento, geração de changelogs e outros processos automatizados relacionados à gestão de versões.
A estrutura básica de uma mensagem de commit convencional segue o seguinte padrão:
O <escopo>
é opcional e pode ser usado para especificar a parte do código que foi alterada (por exemplo, header
, footer
, sidebar
).
A <descrição>
é uma breve explicação do que foi feito no commit.
O <tipo>
representa a natureza do commit e pode ser um dos seguintes valores:
feat: para novas funcionalidades
Esse tipo de commit é usado quando uma nova funcionalidade é adicionada ao projeto. Pode ser a implementação de um novo recurso, a adição de uma nova página, a criação de uma nova API, entre outros. Os commits desse tipo geralmente introduzem algo novo e visível no software. É comum que um commit feat seja associado a um incremento na versão do software, como um lançamento de uma nova versão principal (por exemplo, de 1.0 para 2.0) ou uma versão secundária (por exemplo, de 1.0 para 1.1).
fix: para correção de bugs
Esse tipo de commit é utilizado quando um bug é corrigido no código. Pode envolver a solução de um erro, uma falha de segurança ou qualquer outro problema que esteja afetando o funcionamento adequado do software. Os commits desse tipo geralmente corrigem problemas existentes. Normalmente, um commit fix está associado a uma versão de correção, como uma versão de manutenção (por exemplo, de 1.0 para 1.0.1) ou uma versão de patch (por exemplo, de 1.0 para 1.0.2).
docs: para alterações na documentação
Esse tipo de commit é usado para alterações na documentação do projeto. Pode incluir atualizações ou melhorias na documentação técnica, adição de exemplos, correções ortográficas, atualização de comentários no código, entre outros. Os commits desse tipo não alteram diretamente o funcionamento do software, mas melhoram a compreensão do projeto. Normalmente, os commits docs não estão diretamente associados a um incremento na versão do software, mas podem fazer parte de uma versão geral do projeto.
style: para alterações que não afetam o comportamento do código (por exemplo, formatação, ponto e vírgula ausente)
Esse tipo de commit envolve alterações relacionadas à formatação ou estilo de código. Pode incluir ajustes de espaçamento, indentação, quebra de linhas, nomeação de variáveis, remoção de código morto, entre outros. Os commits desse tipo não alteram a funcionalidade do software, mas melhoram a legibilidade e a consistência do código. Geralmente, esses commits não estão diretamente associados a um incremento na versão do software, mas podem ser incluídos em uma versão devido a outras alterações no projeto.
refactor: para refatoração de código
Esse tipo de commit é utilizado quando o código é reestruturado ou modificado internamente sem alterar seu comportamento externo. Pode envolver otimizações de desempenho, melhoria da arquitetura, reorganização de arquivos, simplificação de lógica, entre outros. Os commits desse tipo visam melhorar a qualidade do código sem adicionar novas funcionalidades ou corrigir bugs específicos. Normalmente, os commits refactor não estão diretamente associados a um incremento na versão do software, mas podem ser parte de uma versão quando houver mudanças significativas na estrutura interna do projeto.
test: para adição ou modificação de testes
Esse tipo de commit é usado para adicionar, modificar ou corrigir testes no projeto. Pode envolver a criação de novos casos de teste, a expansão da cobertura de testes existente, a correção de testes falhando, entre outros. Os commits desse tipo têm como objetivo garantir a qualidade e a estabilidade do software por meio de testes automatizados. Normalmente, os commits test não estão diretamente associados a um incremento na versão do software, mas podem ser parte de uma versão quando houver melhorias significativas nos testes ou garantia de qualidade.
chore: para alterações no processo de build ou ferramentas auxiliares
Esse tipo de commit é utilizado para atualizações relacionadas a tarefas de construção, configuração ou ferramentas. Pode incluir alterações em scripts de construção, atualizações de dependências, configurações de ambiente, entre outros. Os commits desse tipo não afetam diretamente o código do software, mas estão relacionados a atividades de suporte ou manutenção. Normalmente, os commits chore não estão diretamente associados a um incremento na versão do software, mas podem ser parte de uma versão para indicar melhorias ou atualizações de infraestrutura.
Major: Um incremento na versão principal (Major) é comumente associado a commits feat. Quando uma nova funcionalidade significativa é adicionada, pode ser apropriado aumentar o número da versão principal.
Minor: Dependendo da política de versionamento do projeto, um incremento na versão menor (Minor) também pode estar relacionado a commits feat. Se a funcionalidade adicionada for considerada uma mudança incremental importante, pode justificar um incremento na versão menor.
Patch: Normalmente, commits feat não estão diretamente associados a incrementos na versão de patch (Patch). Os incrementos de patch geralmente são reservados para correções de bugs.
Major: Um incremento na versão principal (Major) geralmente não está associado a commits fix. Correções de bugs raramente justificam um aumento na versão principal.
Minor: Dependendo da política de versionamento do projeto, um incremento na versão menor (Minor) pode estar relacionado a commits fix. Se a correção de um bug for considerada uma alteração significativa no comportamento do software, pode justificar um incremento na versão menor.
Patch: Commits fix são frequentemente associados a incrementos na versão de patch (Patch). Correções de bugs são consideradas mudanças incrementais menores que podem justificar um aumento na versão de patch.
Major: Commits docs geralmente não estão diretamente associados a incrementos na versão principal (Major). Alterações na documentação são consideradas mudanças auxiliares e não têm um impacto direto no funcionamento do software.
Minor: Incrementos na versão menor (Minor) não são tipicamente associados a commits docs. Alterações na documentação são consideradas mudanças menores e, geralmente, não justificam um aumento na versão menor.
Patch: Commits docs raramente estão relacionados a incrementos na versão de patch (Patch). As alterações na documentação não afetam diretamente o funcionamento do software e, portanto, não justificam um aumento na versão de patch.
Major: Commits style geralmente não estão diretamente associados a incrementos na versão principal (Major). Mudanças de estilo de código são consideradas alterações auxiliares e não têm um impacto direto no comportamento do software.
Minor: Incrementos na versão menor (Minor) não estão normalmente associados a commits style. Mudanças de estilo de código são consideradas mudanças menores e, geralmente, não justificam um aumento na versão menor.
Patch: Commits style raramente estão relacionados a incrementos na versão de patch (Patch). As alterações de estilo de código não afetam diretamente o funcionamento do software e, portanto, não justificam um aumento na versão de patch.
Major: Commits refactor geralmente não estão diretamente associados a incrementos na versão principal (Major). Refatorações são consideradas mudanças internas e não têm um impacto direto no comportamento do software.
Minor: Incrementos na versão menor (Minor) não estão normalmente associados a commits refactor. Refatorações são consideradas mudanças internas e não justificam um aumento na versão menor.
Patch: Commits refactor raramente estão relacionados a incrementos na versão de patch (Patch). As refatorações não afetam diretamente o funcionamento do software e, portanto, não justificam um aumento na versão de patch.
Major: Commits test geralmente não estão diretamente associados a incrementos na versão principal (Major). Adições ou modificações de testes não têm um impacto direto no comportamento do software.
Minor: Incrementos na versão menor (Minor) não estão normalmente associados a commits test. Adições ou modificações de testes são consideradas mudanças menores e não justificam um aumento na versão menor.
Patch: Commits test raramente estão relacionados a incrementos na versão de patch (Patch). As alterações nos testes não afetam diretamente o funcionamento do software e, portanto, não justificam um aumento na versão de patch.
Major: Commits chore geralmente não estão diretamente associados a incrementos na versão principal (Major). Tarefas diversas, como atualizações de configuração ou dependências, são consideradas mudanças auxiliares e não têm um impacto direto no comportamento do software.
Minor: Incrementos na versão menor (Minor) não estão normalmente associados a commits chore. Tarefas diversas são consideradas mudanças menores e, geralmente, não justificam um aumento na versão menor.
Patch: Commits chore raramente estão relacionados a incrementos na versão de patch (Patch). As tarefas diversas não afetam diretamente o funcionamento do software e, portanto, não justificam um aumento na versão de patch.
O escopo é usado para indicar o contexto ou o componente específico do projeto em que a alteração foi feita. Por exemplo, um escopo pode ser usado para indicar um módulo, uma página, uma funcionalidade específica ou qualquer outra unidade de organização do código.
Exemplo:
Esse complemento é usado para indicar mudanças no código que podem causar quebra de compatibilidade com versões anteriores. Isso é especialmente útil em alterações de versão principal (Major) para fornecer informações claras sobre as mudanças que podem afetar a integração ou o uso do software.
Exemplo:
As referências cruzadas são usadas para vincular o commit a problemas, tarefas ou solicitações de alteração (pull requests) relacionadas. Isso facilita a rastreabilidade e a colaboração entre commits e as ferramentas de gerenciamento de projetos.
Exemplo:
As notas de rodapé permitem fornecer informações adicionais ou metadados sobre o commit. Isso pode incluir informações sobre o autor, a data, a versão associada ou qualquer outra informação relevante para o commit.
Exemplo:
É importante destacar que os complementos são opcionais e sua adoção pode variar dependendo das necessidades e das diretrizes do projeto. Os complementos podem ajudar a fornecer informações mais detalhadas e contextuais nos commits, melhorando a rastreabilidade e a compreensão das alterações realizadas no código-fonte.