Comparação das principais abordagens de arquitetura de CSS: CSS Básico, BEM e ACSS - Descubra qual é a melhor para o seu projeto
Existem várias abordagens e metodologias para a arquitetura de CSS. Vou apresentar três das mais populares: CSS básico, Arquitetura em Cascata (BEM) e Arquitetura Orientada a Componentes (ACSS).
A abordagem básica de CSS envolve a escrita direta de regras CSS sem o uso de uma metodologia específica. Aqui está um exemplo de como seria um trecho de código usando CSS básico:
Nessa abordagem, os seletores são usados diretamente para estilizar os elementos. No entanto, essa abordagem pode levar a um código CSS desorganizado e difícil de manter em projetos grandes.
A Arquitetura em Cascata (BEM) é uma metodologia de estruturação de código CSS que visa facilitar a manutenção, reutilização e escalabilidade do código. O termo "BEM" significa "Block Element Modifier", que descreve os principais componentes da metodologia.
Aqui está um exemplo de como seria um trecho de código usando a metodologia BEM:
Nesse exemplo, o elemento .header
é o bloco principal, enquanto .header__title
e .button são elementos dentro do bloco. O modificador .button--disabled
é usado para estilizar uma variação específica do botão. O BEM ajuda a criar um código CSS mais modular, reutilizável e fácil de entender.
Bloco (Block):
O bloco é uma entidade autônoma e independente que representa um componente ou uma seção da página. Ele é identificado por um nome descritivo e único, escrito em letras minúsculas e separado por hífens. Por exemplo, .header
, .sidebar
, .button
podem ser blocos.
Elemento (Element):
Os elementos são partes menores e dependentes do bloco, que não têm significado ou uso independentes. Eles são sempre associados a um bloco específico. Os elementos são identificados adicionando dois underscores (__) após o nome do bloco, seguido por um nome descritivo. Por exemplo, .header__title
, .button__icon
são elementos.
Modificador (Modifier):
Os modificadores são classes que fornecem variações ou estados diferentes para um bloco ou elemento. Eles são usados para alterar o estilo ou comportamento do bloco ou elemento base. Os modificadores são identificados adicionando dois hífens (--) após o nome do bloco ou elemento, seguido por um nome descritivo. Por exemplo, .button--disabled
, .header__title--large
são modificadores.
A estrutura de nomenclatura do BEM segue essa convenção: .bloco
, .bloco__elemento
, .bloco--modificador
. Aqui estão alguns exemplos para ilustrar como seria a estrutura de classes em BEM:
Os principais benefícios da metodologia BEM incluem:
Reutilização de código: Os blocos e elementos podem ser facilmente reutilizados em diferentes partes do site, tornando o código mais modular e eficiente.
Legibilidade: A estrutura de nomenclatura descritiva torna o código mais legível e compreensível, tanto para desenvolvedores quanto para outros membros da equipe.
Manutenção simplificada: A separação clara entre blocos, elementos e modificadores facilita a identificação e a manutenção de estilos específicos, reduzindo o risco de alterações indesejadas.
Escopo limitado: Os estilos aplicados a um bloco ou elemento têm escopo limitado a esse componente específico, evitando conflitos e efeitos colaterais indesejados.
A Arquitetura Orientada a Componentes é outra abordagem popular que se concentra em criar estilos específicos para componentes individuais. Em vez de classes altamente reutilizáveis como no BEM, a ACSS usa classes específicas para cada componente. Aqui está um exemplo de como seria um trecho de código usando a ACSS:
Nesse exemplo, temos a classe base .button
que fornece estilos comuns a todos os botões. Em seguida, temos as classes .button-primary e .button-secondary que adicionam estilos específicos para diferentes variações de botões. A ACSS ajuda a criar estilos encapsulados e coesos para cada componente, facilitando a manutenção e a criação de estilos personalizados.
Componentes independentes: Na ACSS, cada componente possui seu próprio conjunto de estilos independentes e encapsulados. Isso significa que os estilos de um componente não interferem em outros componentes.
Nomenclatura de classes específicas: A ACSS utiliza nomes de classes específicas para cada componente, geralmente baseados no nome do próprio componente. Por exemplo, se tivermos um componente de botão, podemos ter uma classe .button para estilizá-lo.
Estilos personalizados por componente: Cada componente pode ter suas próprias classes específicas para estilos personalizados. Isso permite que os componentes sejam estilizados de maneira única sem afetar outros componentes que possam compartilhar estilos semelhantes.
Abstração de estilos com utilitários: A ACSS também utiliza classes utilitárias que fornecem estilos reutilizáveis e genéricos, como classes para cores, espaçamentos, tipografia, entre outros. Essas classes utilitárias podem ser aplicadas em vários componentes para adicionar estilos consistentes e padronizados.
Coesão: A ACSS promove a coesão ao agrupar todos os estilos relacionados a um componente em um único lugar. Isso facilita a compreensão e a manutenção dos estilos específicos de cada componente.
Reutilização de estilos: Através das classes utilitárias, é possível reutilizar estilos genéricos em diferentes componentes. Isso reduz a duplicação de código e facilita a manutenção e a consistência visual em todo o projeto.
Flexibilidade de estilização: Cada componente pode ter suas próprias classes específicas, permitindo estilos personalizados sem afetar outros componentes. Isso oferece maior flexibilidade e controle sobre a aparência dos componentes.
Escalabilidade: A ACSS facilita a escalabilidade do código CSS, tornando-o mais modular e organizado. Novos componentes podem ser adicionados sem afetar negativamente os componentes existentes.
O que ganhamos usando cada uma delas? A escolha de uma abordagem de arquitetura de CSS depende das necessidades do projeto e das preferências da equipe de desenvolvimento. Aqui estão algumas vantagens que cada abordagem pode oferecer:
Simplicidade: É a abordagem mais simples, não requerendo a adoção de nenhuma metodologia específica.
Rapidez de implementação: Pode ser implementado rapidamente, especialmente em projetos menores.
Flexibilidade: Não há restrições ou convenções específicas a serem seguidas.
Modularidade: A metodologia BEM incentiva a criação de blocos independentes e reutilizáveis, facilitando a manutenção e a expansão do código.
Legibilidade: Os nomes de classes descritivos tornam o código mais legível e compreensível tanto para desenvolvedores quanto para outros membros da equipe.
Escopo limitado: O escopo de estilos é restrito aos blocos específicos, reduzindo a possibilidade de conflitos e efeitos colaterais indesejados.
Coesão: A ACSS permite estilos encapsulados e coesos para cada componente, facilitando a manutenção e o reuso.
Personalização: Cada componente pode ter suas próprias classes específicas, permitindo estilos personalizados sem afetar outros componentes.
Compreensão intuitiva: As classes específicas para componentes facilitam a compreensão da estrutura e do comportamento do componente apenas olhando para o código HTML.
É importante ressaltar que a ACSS é uma abordagem que não possui uma implementação específica, mas sim um conceito que pode ser aplicado de diferentes maneiras, dependendo do projeto e das preferências da equipe de desenvolvimento. Ela busca fornecer uma estrutura que promova a organização, reutilização e manutenção dos estilos CSS em projetos de grande porte.
A Arquitetura em Cascata (BEM) promove uma abordagem sistemática para estruturar e nomear classes CSS, tornando o código mais organizado, reutilizável e fácil de manter em projetos grandes e complexos.